A queda e o salto

Flagro meus pensamentos conduzindo uma conversa com você. Sinto que cada palavra que vai se formando em minha boca não foi dita, porque eu a censurei. Havia esquecido desta sensação, de ter a palavra a amargar na boca. Parece uma

A dor de cotovelo dos cliques

Foi num dia destes comuns, quando a luz do sol não filtrou seu sorriso, que você decidiu me desejar, me tocar, me abrir. Suas mãos se deitaram sobre a minha superfície e na nuvem entre o desejo e a realização,

Desculpa, Ferreira!

Não me despeço eu sei porquê Disperso em mim, está você. Tanto amor você deixou espalhado Dentro das mucosas venenosas da poesia; Seu doce tóxico verso que me abala o coração, Que não deixa meus olhos mentirem a cor, Não

Saudade é palavra gasta

Partir me parece agora uma palavra que deriva de "parto" ou "dor". Estou reorganizando as palavras em seus tristes sentidos, depois de fazer chover o português lusitano em meu varal de português latino-americano. Procuro despir a semântica do meu desejo

Poema úmido

Apanhei a caneta das calças E pensava em ti quando Escrevi poemas líquidos, sórdidos, pastosos. O rijo objeto em minhas mãos, A deixar rastros de uma tinta embranquecida Viscosa e úmida, Salivante. E alimentando-te de poesia, doce e inodora Afogavas