Texto 2: Rotas européias, expectativas e os três portugueses no Brasil


Hoje finalmente começo o desafio de escrever sobre a viagem pra Portugal, os obstáculos superados, o saldo positivo de morar e estudar em outro pais. Ainda escrevo aqui do Brasil, de uma cidadezinha quente da Bahia, Jequié. Por aqui começo a traçar as rotas que percorrerei na Europa.

Quem não sonha em passear no Jardin des Tuileries em Paris? Andar nas bicicletas tradicionais de Amsterdã, conhecer a boêmia de Madri, viver uma noite inesquecível em Liverpool, no Cavern Club, onde aconteceram as primeiras aparições dos Beatles, meados dos anos 60, e onde ainda os astros do rock se apresentaram por mais 292 vezes, marcando toda uma geração do mundo com seu ritmo, estilo e musicalidade.

As expectativas são enormes em conhecer os museus da Inglaterra, os parques da Espanha, os bares da França, em especial o bar cujo balcão foi palco das cupidisses de Amélie Poulain. Sou um turista voraz e curioso. Rasguei os guias fáceis, rejeitei os destinos comuns, os lugares frequentes. Destes lugares esperem no máximo uma foto, um comentário, pois postagens inteiras ofertarei às coisas que me provocarem, sejam elas frívolas ou clássicas, históricas ou passageiras, tudo quanto for inesquecível receberá meu olhar demorado.

Carrego nas minhas bagagens pequenos lampejos dos lugares que desejo visitar em uma agenda e alguns rabiscos em um Guia da Coleção Primeira Viagem - Europa de Trem, porém estou convicto que as modificações, futuramente, serão imprimidas e traçadas na ordem do dia-a-dia, quando fervilharem as vontades, as oportunidades se expuserem, os companheiros comprarem a ideia de uma visita inesperada e imprevísivel a uma paisagem lírica, urbana, campestre, o que vier a cabeça...

Em meio a ansiedade, semana passada, aqui em Jequié, esbarrei com três lusitanos. Em uma pequena lanchonete de comida portuguesa, na praça do cilion, reconheci o sotaque e as empadas de bacalhau em aromático contraste com as comidas locais. Fui me envolvendo com a história daquela familia, um deles inclusive nascido em Coimbra (uma coincidência desfrutável e conveniente). Nas palavras dos portugueses, fui conhecendo as tradições das cidades lusitanas, o famoso fado lisboeta, os tradicionais estudantes coimbrenses enrolados em suas capas pretas e identificados pelas fitas coloridas que representam os cursos que estudam. Coimbra foi o lugar que escolhi pra ter esta maravilhosa experiência (depois explico o passo-a-passo até conseguir a bolsa intecâmbio pela UEFS na Bahia). Banhado pelo Rio Mondego, Coimbra, possui o charme e o agito de uma cidade estudantil. Em Coimbra, no dizer destes amigos, não se frequenta bares. Vai-se a "Cafés". E a rapariga que é rapariga de familia vai à discoteca. O aparente paradoxo da frase anterior é uma pequena amostra de como o português por lá promete render boas risadas. Além do sotaque, os lusitanos utilizam algumas palavras com o sentido diferente do nosso português latino americano. Diferenças de linguagens que beiram a boa comédia do mau entendido. Afinal, qual brasileiro não se urinará de rir da piada, antiga mas boa, de se pegar uma bicha ao invés de uma fila na padaria?


ATUALIZAÇÃO DE 07/09/2012:

Estou convencido de que meus amigos querem ir comigo a Europa. Todos os dias recebo presentes, lembranças, simbolos inesquecíveis de amizade. Roberto me presenteou com a sua famosa bandana do Bob Marley, pra que eu vivesse na vibe dos roots. Juliana me deu uma caneca pra tomar os famosos cappuccinos portugueses, chocolates e cartas. Yolanda me presenteou com uma almofadinha estampada de frases e mais uma chorosa carta. Alana me deu carta e dvds. Ganhei perfumes, sabonetes, cremes. Enfim, simbolos que me alimentarão de saudade lá em Coimbra. Porque a saudade vai ser grande. Mas o sentimento maior.

Para quem quiser acompanhar as dicas e aventuras européias, favorita o endereço no navegador, curte aí do lado no Facebook. Sigam-me os bons!!


3 comentários:

Mário Ribeiro disse...

- Bruno Silva, trate de me enviar cartões postais.
HAHAHA
Sucesso nessa nova jornada :)
Abraço

Bruno Silva disse...

É só me enviar o endereço, Marioco! Vou enviar muitos cartões postais pra muita gente.

Daiane Ribeiro disse...

Farei dos seus, os meus olhos na Europa, e vivenciarei cada post como se estivesse aí. O bom de ler é poder imaginar.
E sei que é clichê, mas O Coliseu, ah o Coliseu me encanta! Não sei quando terei oportunidade de estar por estas bandas, mas já me vejo, arrebatada, admirando-o. Sem falar na Grécia... [suspiro]

No mais, e novamente... sucesso, meu amigo! :)