Corre mãos

-Te jogo na próxima sentença
esparramando na cama todos seus sonhos.

A mão coça, o colchão de seus lábios retorce,
o vento corre teu corpo e alivia sem virgulas.

-Calma, a barriga das palavras não é pula-pula,
-nem as pernas inspirativas não são corrimãos.

-Corre mãos. Corre mãos. Fala de novo.
-corrimãos. Sem espaços a preencher de ti.

-Desculpa, dê-me o verso de volta.
- tá, devolva-me os beijos.

(Bruno Silva - Setembro 2010)

1 comentários:

Elen Alcântara disse...

Gosto desse poema. Motivo, talvez, óbvio... Meu jeito de dizer que o seu jeito de dizer me encanta!