A-BRASA-ME

abraços4 
Poeto os dias
em mim nublados.
Vapores baratos de pensamentos e
rastros de poesia.
O que há em existir
Debaixo dos versos
Se dele não me cobrir?
Não me lavar
Não limpar e sujar
As bordas do desejo
A boca sem ensejo
O beijo fora da rotina
Abraços mudos
A tarde fria
As noites quentes
Madrugadas acalentando
A brisa suave que fugura entre nós
Que nos assobia na intenção de nos
Chamar a atenção – já prejudicada.
Quantos sóis existirão até
Que nosso desejo se ilumine?
E a brasa quente aquecendo
Com a força de mil úteros.
E na manhã seguinte nascer
Nosso prematuro amor
E as luzes do mundo se arrefecendo
E apagando em nós qualquer duvida.
Toda indecisão aplacada com a força
Magnânima e única
Do coração intenso e implacável
Que há em nós.
Forço-te um beijo,
Mas desejo mesmo
Em ritmo de urgência
É absorver e reter
Sua
Mais
Doce
Essência.
Bruno Silva, Junho, 2011

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