Eu preciso escrever. Eu preciso reagir. Ocultar a resposta não faz bem a ninguém. Esfregá-la na cara, também não o faz. Tá. Respostar faz bem a alma do emissor, e talvez até aos estranhos que compram verdades a uma moeda. Mas a lua estava alaranjada então pra quê responder? Quais palavras a lua, tão impudicamente alaranjada, não obstrui de uma conversa? Bom argumento, amada. O senso, o lapso ou o curto circuito não me faz mal. Desde que antes que o suposto mal me ocorra, tenha-se vociferado com agressão a intimidade que nossas palavras tem umas com as outras. Eu entendo a imprudência de arrancar um sorriso senil de estranhos que compram verdades a uma moeda. ‘É mais fácil obter o que se deseja com um sorriso do que com a ponta da espada’... Ops, Shakespeare e eu divagamos também debaixo do sol (tão imensamente alaranjado quanto à lua que nos brindou)... E nós sorrimos pros estranhos nas ruas, e não nos diminuímos com isso. Mas temos a prudência, não, não a prudência que faltara à menina da madrugada que arrancou um sorriso senil de estranhos que compram verdades a uma moeda. Mas o cuidado de entre desprender e despejar de palavras sentir-se cúmplice do interlocutor, que nos ouve e desafina, e ama e chora e lima... E ainda mais facilmente perdoa. Nem que doa. Perdoa.
2 comentários:
Olá, aqui é a Camilla, do antigo blog Devaneios, sonhos e loucuras. Estou passando pra avisar que criei um novo blog, e o antigo foi desativado. Por favor, se possível, passar a seguir o: http://meu-lar1.blogspot.com/
Será um prazer ter você como seguidor(a) novamente.
Abraços!
Nossa, adorei seu texto. Esta última frase então. Algumas coisas escrevemos para nós mesmos e mesmos assim, outras pessoas a sentem para si também... É quase um trocar de sentimentos, por razões diferentes. Isso que senti ao ler seu texto.
Abraços. Bom domingo.
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