Do destino das bolachas.

       No geral eu tenho medo que esses versos caiam em ouvidos errados. Lá embaixo, um pacote de bolachas doce e um copo de guaraná me aguardam. O copo no qual o refrigerante está despejado tem um fenda que cortaria a minha boca, caso não soubesse antecipadamente. As janelas estão fechadas, porque os mosquitos não respeitam e invadem. Talvez seja a tarefa natural de qualquer mosquito. Mas nessa vida, as tarefas naturais não são bem aceitas. Viver não é fácil. O destino das bolachas são embrulharem o meu estômago. O copo ter-se-á cumprido seu oficio essencial caso corte meus lábios, mãos, pele. A vida é um vicio. E a tarefa do vicio... É nos vencer.

FRAG-MENTOS.PUROCLICHÊ

1 comentários:

Camila Monteiro disse...

Adorei o texto e mais ainda a foto!!!