Se puderes apenas viver ou ser feliz,
Escolhas amar.
No aconchego de seu quarto, ame baixinho.
Ame com a ferocidade desativada,
Com as pernas sobrepostas uma na outra, em desalinho,
Feito um senhor que fuma um tostão de silêncio.
Escolhas amar.
No aconchego de seu quarto, ame baixinho.
Ame com a ferocidade desativada,
Com as pernas sobrepostas uma na outra, em desalinho,
Feito um senhor que fuma um tostão de silêncio.
Seja decente, ame no recolhimento de vossa aurora,
Não espantando a quietude que repousa
Na penumbra de seu exílio.
Ame sem sentir a dor que Vinicius enxergava
Na própria felicidade, tal qual era dolorosa e incandescente.
Não espantando a quietude que repousa
Na penumbra de seu exílio.
Ame sem sentir a dor que Vinicius enxergava
Na própria felicidade, tal qual era dolorosa e incandescente.
Ame com a fúria dos que pedem silêncio,
Ou dos que migalham em fraquejo físico a metade
de uma boquinha, e não como quem pede
a metade de um beijo.
Não ame como os poetas, eles se esfregam
No tal sentimento feito uma velha indecente.
Ou dos que migalham em fraquejo físico a metade
de uma boquinha, e não como quem pede
a metade de um beijo.
Não ame como os poetas, eles se esfregam
No tal sentimento feito uma velha indecente.
Se puderes apenas viver ou ser feliz, sejas sensato e
Não escolha nenhum dos dois, por que
Negando o som de tuas palavras como
Ingrata resposta, verão que o teu silêncio
Invoca a maior resposta delas:
Amar vividamente algo que não se conhece
Porém se procura. Amar a felicidade.
Essa dolorosa réplica que não se quantifica e nem se acha.
Não escolha nenhum dos dois, por que
Negando o som de tuas palavras como
Ingrata resposta, verão que o teu silêncio
Invoca a maior resposta delas:
Amar vividamente algo que não se conhece
Porém se procura. Amar a felicidade.
Essa dolorosa réplica que não se quantifica e nem se acha.
(Bruno Silva)
0 comentários:
Postar um comentário