Entre Pedras e Lírios

jardim-1989
Descobri a poesia para esconder Deus na minha alma
Não existe, para mim, Deus na violência,
E só acredito em Deus quando dá calma.

Pequenas e cintilantes são as razões
Para se crê em um Deus
Que tem espetaculares formas
De se mostrar aos pequenos
E cintilantes seus
E escolhe manifestar sua graça
Numa pequena praça, dentre as pedras
De um jardim cujas flores sensíveis
Aos olhares potencializam
Este Deus por fim.

Revelei, outrora, a poesia guardada em minha pele,
Da existência divina tatuada em meu ser
E a gota da chuva pincele
Em meus olhos sua presença arder
Que a religião encastele,
Porém Sua paixão por mim
Imoderável e que não tem fim
A essa ideia rebele.

E cabe a poesia trazer Deus
Para seu devido lugar entre os seus
Porque não há nenhum martírio
E contrário é o Seu pensamento
Viver entre pedra e lírio
É seu o melhor momento
De poder ser Deus por inteiro.

(Bruno Silva  - Agosto de 2011)

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